CIPA não é brincadeira, é proteção! Valorize quem está do seu lado!
A eleição da nova CIPA (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes) está se aproximando, e é fundamental que cada trabalhador entenda a importância desse momento. A CIPA não é apenas uma formalidade: ela é um espaço legítimo de defesa da saúde e segurança no ambiente de trabalho. Por isso, escolher bem quem vai representar você é um passo essencial para garantir condições dignas e respeito no dia a dia.
Recentemente, representantes do Sindicato foram eleitos pela categoria para compor a comissão da PLR. Nas reuniões, mostraram firmeza e compromisso, defendendo os interesses dos trabalhadores e cobrando transparência. Esse é o tipo de atuação que queremos ver também na CIPA: gente comprometida com quem está no chão de fábrica, e não com os interesses da empresa.
Não deixe que a CIPA se transforme em um braço da chefia. Vote consciente.
GACAT x Aciaria: quem leva a culpa hoje?
Nos últimos dias, temos acompanhado com preocupação o aumento de conflitos entre os trabalhadores das áreas GACAT e Aciaria. O motivo principal é claro: problemas que surgem em uma área estão sendo repassados para a outra, como se o erro tivesse dono — e não causas estruturais.
Enquanto isso, o que fazem os gestores? Nada. Assistem de braços cruzados, como se o problema não fosse responsabilidade da liderança. É fácil deixar o peso recair sobre os ombros dos trabalhadores e fomentar a divisão entre companheiros que, no dia a dia, enfrentam juntos os mesmos desafios: pressão por produtividade, falta de pessoal e condições de trabalho muitas vezes precárias.
Essa lógica de “cada um por si” só interessa à chefia. Quando a classe trabalhadora se divide, enfraquece. Quando se culpa o colega ao lado, quem lucra é quem está no andar de cima.
Por isso, fazemos um chamado à reflexão e união. Não vamos aceitar que a divisão seja usada como instrumento de opressão. O problema não está no trabalhador da Aciaria ou da GACAT — está na omissão da gestão e na desorganização das rotinas de trabalho.
“Segurança sem descanso”
Mesmo não pertencendo à base do nosso Sindicato, os trabalhadores de uma empresa terceirizada de segurança patrimonial, que presta serviços à ArcelorMittal, têm nos procurado em busca de ajuda. A principal reclamação diz respeito à exigência de participar de treinamentos durante os dias de folga, sem o devido pagamento de horas extras. Os treinamentos, tanto da empresa quanto da ArcelorMittal, estão sendo impostos fora da jornada regular dos vigilantes, que atuam em turno de 12×36. Segundo relatos, essa prática vem sendo usada de forma sistemática para evitar o pagamento de direitos e reduzir custos com contratações, à custa do descanso e da dignidade dos trabalhadores.
Outro problema recorrente é a mudança repentina de jornada, muitas vezes comunicada de última hora, sem tempo hábil para organização pessoal ou familiar. Essa instabilidade prejudica a saúde mental e o planejamento de quem já enfrenta uma jornada desgastante. Além disso, os vigilantes também denunciam a obrigatoriedade de fazer um curso de reciclagem em Belo Horizonte a cada dois anos, sem que a empresa forneça transporte. O custo da viagem, que deveria ser responsabilidade da empresa, está sendo arcado pelos próprios trabalhadores. E, quando solicitam o reembolso, ele pode demorar até dois meses para ser efetivado — quando é feito.
Mesmo sendo de outra categoria, os trabalhadores têm recorrido ao nosso sindicato por sentirem que o jornal Zé Marreta é uma ferramenta importante de visibilidade e luta. Lamentamos que o sindicato que deveria representá-los esteja ausente e reafirmamos nosso compromisso com a defesa dos direitos dos trabalhadores, sejam eles da nossa base ou não. A denúncia desses vigilantes escancara mais uma vez os limites e os prejuízos das terceirizações: mais exploração, menos direitos e um abismo no acesso à representação sindical.
O Zé Marreta segue batendo firme!
Blusa de frio com prazo de validade
O Sindicato recebeu uma denúncia preocupante de trabalhadores de uma empresa terceirizada, que presta serviços de logística e limpeza: a empresa está exigindo a assinatura de um contrato que condiciona a entrega de uma blusa de frio — item básico de proteção contra o frio nas áreas industriais — à permanência do trabalhador por pelo menos seis meses na empresa.
De acordo com a denúncia, a blusa é “emprestada” no início, e só passa a ser do trabalhador após seis meses de contrato. Se o funcionário for desligado antes desse prazo, mesmo que sem justa causa, será obrigado a pagar pela blusa.
Esse tipo de prática é abusiva e fere o bom senso. A blusa de frio não é brinde, é item de proteção. Condicionar um equipamento necessário ao clima e ao tipo de atividade à permanência no cargo — algo muitas vezes fora do controle do trabalhador — é inaceitável.
Estamos de olho! Nenhum direito a menos, nem mesmo o direito de se proteger do frio!
Na limpeza, o sofrimento é varrido pra debaixo do tapete
O Sindicato recebeu uma denúncia grave sobre condições de trabalho em uma empresa terceirizada de limpeza que atua dentro da ArcelorMittal. A realidade vivida pelos trabalhadores contradiz o discurso da empresa de que “só trabalha quem está apto e capaz”.
Segundo os relatos, uma funcionária que passou mal durante o expediente foi impedida de ir para casa, mesmo após recomendação da técnica de segurança. Porém, ela recebeu uma ordem de voltar à área, mesmo sem condições físicas de permanecer no posto. A trabalhadora sequer conseguia andar direito — ainda assim, foi forçada a continuar.
Além disso, há denúncias de falta de respeito na forma como os trabalhadores são tratados, tendo havido uma ocasião em que alguns foram chamados de “maçã podre”.
Esse é um pedido de socorro que não pode ser ignorado. O Sindicato exige providências imediatas!
Resultados Auditoria de Self Assessment 2025
Durante a primeira semana deste mês de junho, houve na planta da usina de Monlevade a “famosa” auditoria de Self Assessment em que consiste na verificação e cumprimento dos padrões de segurança de todos os FPS.
Importante mostrar o desempenho preocupante perante o cenário que todo trabalhador está submetido durante sua jornada laboral e as tratativas para com determinados assuntos que tangem a segurança e saúde de cada processo.
De um total de 5 níveis para ser cumprido diante de um book de questões de cada FPS, apenas o FPS 007 (GUINDASTE E EQUIPAMENTOS DE ELEVAÇÃO) chegou até o NÍVEL 3. A pulga atrás da orelha que fica é a seguinte: Qual o verdadeiro motivo do não atingimento do nível máximo de segurança que cada processo e/ou atividade oferece? Existe ingerência para com o cumprimento do objetivo final? Qual a verdadeira estratégia de Saúde e Segurança? Será que ela só fica no papel?
Outro ponto a questionar é a Liderança geral de cada processo em Monlevade e sua competência. Será que lideram por competência ou por outro motivo? Será que realmente estão dispostos a mudar este cenário e serem capazes de influenciar positivamente no cumprimento de uma usina segura e saudável?
E continua o horário “flexível”…
O Sindicato foi informado que há trabalhadores sendo escalados para trabalhar em horários não previstos no Acordo Coletivo de Trabalho, firmado entre o Sindicato e a ArcelorMittal Monlevade.
Essa “jornada flexível”, na prática significa descumprimento de direitos e desorganização da vida dos trabalhadores. O Acordo Coletivo existe justamente para dar segurança jurídica e previsibilidade à rotina de trabalho, protegendo o tempo de descanso, a saúde e o convívio familiar.
Por dentro do Acordo Coletivo
Treinamento nas folgas? Não pode!
O Acordo Coletivo dos trabalhadores em turnos ininterruptos de revezamento proíbe a empresa de convocar trabalhadores em turno para cursos nos dias de folga e nos três últimos dias do turno de 07h às 15h, a menos que seja no horário normal de trabalho.
Salário substituição é direito!
Se você substituir alguém por mais de 30 dias, tem direito a:
– o salário de entrada do cargo substituído ou
– 11% a mais no seu salário-base,
o que for melhor para você.