Na presença de Lula, o vice-presidente e novo ministro do Desenvolvimento, Geraldo Alckmin defende a reindustrialização com foco no meio ambiente e geração de empregos com carteira de trabalho assinada 

[Redação CUT]

Numa concorrida posse com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o vice-presidente e agora novo ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin (PSB-SP), defendeu em discurso a reindustrialização do país, com foco em investimentos ao meio ambiente para uma indústria verde; tecnologia e valor agregado a produtos exportados. O novo MDIC, segundo ele, será orientado à economia criativa, social, inclusiva e sustentável. A inclusão se dará em três sentidos; social, econômico e político.

De acordo com Alckmin, o objetivo do MDCI também passa pela geração de bons empregos com carteira de trabalho assinada.

“Trabalharemos incansavelmente ao lado dos demais colegas da Esplanada para criar mais empregos de qualidade, com carteira assinada e todas as garantias que o trabalhador deve ter”, disse o vice-presidente e novo ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços.

Ele também se comprometeu a trabalhar incansavelmente pelo emprego pela distribuição de renda em apoio à indústria ao comércio e ao setor de serviços.

Reindustrialização do Brasil

Alckmin destacou que a reindustrialização do país é necessária, mas que também passa pela preservação do meio ambiente, que poderá fazer o Brasil se tornar protagonista no processo de descarbonização da economia global. Para isso o MDCI terá uma secretaria de economia verde que atuará em parceria com o Ministério do Meio Ambiente, comandado por Marina Silva (Rede-SP), presente à cerimônia junto com a maioria dos ministros já empossados.

“Trabalharemos em parceria com a ministra do meio ambiente Marina Silva, numa agenda prioritária para assegurar a competitividade do produto brasileiro no comércio mundial. A política industrial brasileira precisa estar em sintonia com as necessidades da sociedade mundial e a sustentabilidade é ponto de partida de toda a política industrial”, afirmou no discurso.

Comércio Exterior

Além de defender uma indústria verde, ele ressaltou a necessidade de uma reforma tributária, apoio às exportações e anunciou o MDIC terá na sua estrutura a Câmara de Comércio Exterior (Camex), Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil) e o Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que estará sob o comando de Aloisio Mercadante, ex- deputado federal e senador e ex- ministro nos dois primeiros governos de Lula e também na gestão Dilma Rousseff.

“As mudanças no cenário internacional geram oportunidades para o Brasil; a mudança na geopolítica nas cadeias de valor podem representar uma oportunidade para o Brasil atrair investimentos produtivos e aumentar as exportações industriais, porém, para isso o país precisa desenvolver estratégias adequadas focadas nas condições que possibilitem o desenvolvimento produtivo e tecnológico bem como a inovação no país”, disse Alckmin.

Política de desenvolvimento industrial moderna

O ministro ressaltou o pedido do presidente Lula para que elabore com urgência uma política moderna de desenvolvimento industrial, que essa política parte de um diagnóstico correto, bem desenhada e concebida e que seja implementada corretamente.

“A política industrial tem seu processo de maturação e como sabemos a imprevisibilidade e a descontinuidade de instrumentos de apoio contribuem historicamente para o sucesso de políticas em diferentes áreas”, afirmou.

Críticas à gestão de Bolsonaro

Sem citar o nome de Jair Bolsonaro, o ministro do MDCI criticou a gestão anterior.

“Depois de quatro anos de descaso, de má gestão e de desalinho com os reais problemas brasileiros, o presidente Lula determinou a recriação do MDIC como uma medida fundamental para o Brasil retomar o caminho do desenvolvimento”, disse.

Estabilidade política e econômica

Para Alckmin, a instabilidade política tem custo e é socialmente injusta porque penaliza o mais pobre, ao inviabilizar a atuação econômica e produtiva.

“É na normalidade democrática que o país pode crescer e se mostrar justo para com o seu povo. A nossa união presidente Lula não é episódio de ocasião ou por uma eleição, a nossa união é para um país, por um povo, por seu direito de viver em um regime democrático num país verdadeiramente produtivo. O meu compromisso com o senhor, com nosso país é para que venham dias de crescimento e justiça social”, afirmou.

O presidente Lula compareceu à posse ao lado da primeira dama Janja da Silva, mas não discursou.

Imagem: Reprodução/Youtube

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