“De médico e louco, todo mundo tem um pouco”

São crescentes as reclamações sobre as avaliações de retorno ao trabalho realizadas pela medicina da Arcelor. Devido a alguns relatos, começamos a nos questionar sobre como estão sendo feitas as avaliações de funcionários afastados ou retornando de afastamento, como o caso de um funcionário diagnosticado com transtornos psicológicos que, não podendo trabalhar em revezamento de turno, não teve acesso à possibilidade de trabalho no turno diurno, como orientado pelo especialista externo que o atendeu.

Houve também um trabalhador sendo privado do uso de medicamento específico, receitado por um profissional médico externo, pois a medicina do trabalho alegou que a empresa não aceita o tratamento com esse tipo de medicação, deixando-o prejudicado por não poder dar continuidade ao seu tratamento.

Outro exemplo é o de um funcionário com síndrome do pânico, que mesmo tendo laudos comprovatórios não teve o acompanhamento adequado e veio a ser desligado meses depois. Ocorreu também que um trabalhador com o braço imobilizado por gesso devido à fratura, mas liberado para realizar as mesmas atividades que exercia em condições normais. Por último, um trabalhador que retornou de afastamento por causa de fratura na perna foi liberado pela medicina do trabalho para voltar às suas atividades, mas precisou ser novamente afastado devido as condições nocivas da área e ausência de um plano de trabalho adaptado.

Esses são alguns exemplos que chegaram até nós, mas é possível que outros casos não são relatados por medo a represálias.

Problemas em expansão

Uma grande preocupação do Sindicato em relação à expansão sempre foi a estrutura para recepcionar as pessoas que vêm para trabalhar, tal como vestiários, estacionamento e restaurante.

Ficamos tristes ao receber denúncias que confirmam nossa preocupação, como a informação de que no vestiário da ala A armários estão sendo arrombados e pertences pessoais dos trabalhadores, furtados.

Como os trabalhadores farão se não há segurança para deixar os objetos pessoais nos armários, se pertences como celulares não podem ser portados dentro da usina e se os escaninhos na portaria são insuficientes para o número de pessoas? Com a perspectiva de aumento no número de funcionários, a tendência é piorar. Estamos de olho e lembramos da obrigação da ArcelorMittal de fornecer condições adequadas e seguras para os trabalhadores.

GACAT

Volta à tona um problema recorrente no setor da GACAT, são as péssimas condições de trabalho, sobrecarga, pressão excessiva por produção e gestores arrogantes que se consideram donos da empresa.

Um fato relevante é o número excessivo de horas-extras feitas pelos trabalhadores por causa da falta de mão de obra, desrespeitando até mesmo o dia em que o trabalhador sairá ou retornará de folga. Essa prática se dá em quase todas as turmas.

Algo ainda mais preocupante do setor foi a ocorrência de mais um trabalhador da área do leito de saída ter sido levado de ambulância para o hospital após passar mal.

Recebemos também a denúncia de que, além dos problemas mencionados, o trabalho, que já é em área muito quente e exaustiva, não está tendo o devido revezamento, os equipamentos estão quase sempre inoperantes e faltam ventiladores.

Além disso, um problema crônico do setor é a dificuldade que alguns funcionários enfrentam para fazer seu horário de refeição.

Hipocrisia pouca é bobagem

Não é de hoje que relatamos as ocorrências nas terceirizadas em relação à política sobre afastamentos e cartão alimentação. Funcionários vão trabalhar doentes para não perder o cartão de alimentação, correndo risco e também colocando em risco outras pessoas. Então, de que vale o treinamento de uma semana sobre segurança do qual a Arcelor se orgulha e se enaltece? Quer dizer que a segurança não está em primeiro lugar? E a regra de ouro que afirma ser preciso estar apto e capaz? Se começa comigo, dê condições adequadas!

Nota Zero

Fomos informados pelos trabalhadores que ocorreu mais uma rodada de aumentos por meritocracia, que abrangeu alguns gatos pingados nas áreas. A situação mais relevante foi a dos funcionários operacionais do turno de revezamento da Laminação 3, que está em fase de ramp-up com muita evolução graças ao empenho e dedicação das quatro turmas, mesmo assim seu gerente não achou ninguém merecedor de aumento. Com todas as dificuldades e desafios enfrentados por esses trabalhadores(as), as péssimas condições de trabalho e uma gestão duvidosa que vem recorrentemente sendo denunciada pelo Zé Marreta, qual nota merece o gestor dessa área?

Com a caneta na mão me torno um valentão (nova sinterização)

Alguns técnicos de segurança do trabalho de uma empresa contratada pela Arcelor parecem não ter sido treinados em suas atribuições. Relatos têm sido constantes sobre um modo de agir que coage, ameaça e abusa do “poder da caneta” aterrorizando os trabalhadores(as) das empresas terceirizadas, um bom exemplo disso aconteceu na área da nova Sinterização. Já houve situações em que um técnico de segurança descumpriu regra de ouro (adentrando em local isolado RO-9/RO-10) a fim de encontrar alguma irregularidade para punir os trabalhadores. Foram feitas denúncias pelo 0800 e até mesmo para o superior imediato, que não surtiram qualquer efeito. O que os trabalhadores pedem é que a fiscalização seja feita, porém, de maneira correta e abordagem civilizada, como sugerem os treinamentos que supostamente esse funcionário tenha recebido.

BBB 23

Gestores e pessoal da segurança da laminação têm usado as imagens das câmeras com fim punitivo, contrariando a política defendida pela empresa no programa de treinamento, que preza por uma abordagem de diálogo e orientação antes de qualquer tipo de punição. Parece que tais ações são dirigidas ao cumprimento de metas estabelecidas pelo setor de segurança. Afinal, as câmeras são para vigilância patrimonial ou monitoramento dos trabalhadores?

Sindmon-Metal escuta opinião dos trabalhadores e trabalhadoras sobre serviços prestados pelo restaurante e cantina

Após vários meses de reclamações de trabalhadores(as) sobre os serviços alimentícios oferecidos pelas empresas contratadas pela ArcelorMittal e contestação por parte da empresa, fundamentando-se nas pesquisas realizadas internamente, o Sindmon-Metal teve a iniciativa de realizar uma pesquisa de opinião independente, escutando diretamente aos trabalhadores que utilizam esses serviços.

O Sindicato conseguiu agendar uma reunião com a empresa para apresentação desse relatório visando dialogar em busca de melhorias nos serviços de alimentação prestados pelo restaurante e cantina.

Para acessar os resultados da pesquisa, visite o endereço: bit.ly/pesquisa-sindmon

OUTUBRO ROSA

Em outubro, vestimos rosa para lembrar que o ano inteiro é tempo de prevenção e diagnóstico precoce do câncer de mama. É um momento de solidariedade, conscientização e apoio às pessoas que enfrentam essa batalha e as que estão em busca de informação e cuidados.

A detecção precoce é a chave para aumentar as chances de cura. Faça sua mamografia, realize o autoexame e incentive suas amigas e familiares a fazerem o mesmo. Juntos, podemos fortalecer a luta contra o câncer de mama e oferecer esperança a todas as mulheres.

Neste Outubro Rosa, vamos espalhar amor, apoio e informação. Vamos fazer a diferença na vida de muitas pessoas. 💕

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